Qual a diferença entre adrenalina e noradrenalina?
A adrenalina (epinefrina) e a noradrenalina (norepinefrina) são dois neurotransmissores que também atuam como hormônios e pertencem à classe de compostos chamados catecolaminas. Ambos desempenham um papel importante na resposta natural de luta ou fuga do corpo ao estresse e têm efeitos semelhantes, mas também apresentam diferenças específicas:
Efeitos sobre o coração e os vasos sanguíneos: A adrenalina tem um efeito um pouco maior no coração, enquanto a noradrenalina afeta mais os vasos sanguíneos, podendo torná-los mais estreitos e aumentar a pressão sanguínea.
Receptores: A adrenalina funciona nos receptores alfa e beta, enquanto a noradrenalina só funciona nos receptores alfa. Os receptores alfa são encontrados apenas nas artérias, enquanto os receptores beta estão no coração, pulmões e artérias dos músculos esqueléticos.
Formação: A formação da adrenalina ocorre por metilação a partir da noradrenalina.
Indicações medicamentosas: A adrenalina é usada no tratamento de anafilaxia, parada cardíaca e ataques graves de asma, enquanto a noradrenalina é usada para tratar a pressão arterial perigosamente baixa. Além disso, medicamentos que aumentam a noradrenalina podem ajudar no tratamento do TDAH e da depressão.
Em resumo, a adrenalina e a noradrenalina são neurotransmissores e hormônios muito semelhantes que afetam o coração, os níveis de açúcar no sangue e os vasos sanguíneos. A adrenalina tem um efeito maior no coração, enquanto a noradrenalina afeta mais os vasos sanguíneos. Ambos são usados em diferentes tratamentos medicamentosos, como anafilaxia, asma, pressão arterial baixa, TDAH e depressão.
Adrenalina | Noradrenalina |
---|---|
Hormônio endógeno produzido pela suprarrenal | Neurotransmissor precursor da adrenalina |
Liberada em resposta ao estresse | Utilizada no tratamento de indicações como vasopressor |
Potente estimulador alfa e beta adrenérgico | Age como agonista dos receptores alfa, beta 1 e beta 2 adrenérgicos |
Efeito vasopressor devido à ação direta no miocárdio, aumento da contração ventricular (inotropismo positivo) | Pode gerar aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da FC e importante vasoconstrição periférica, com aumento da PA |
Pouca ação sobre receptores beta 2 | Também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica |
Quais são os efeitos da adrenalina e da noradrenalina no corpo humano?
A adrenalina e a noradrenalina são catecolaminas que atuam no corpo humano como neurotransmissores e hormônios, sendo importantes para a homeostase e a resposta ao estresse. Os efeitos dessas substâncias no organismo incluem: Adrenalina :
- Aumento da concentração de glicose no sangue;
- Aumento da taxa metabólica e respiratória;
- Alterações no padrão de fluxo sanguíneo;
- Estimulação da liberação de insulina;
- Relaxamento do músculo ciliar, promovendo acomodação da visão a distância;
Noradrenalina :
- Controle do humor, depressão, ansiedade e concentração;
- Aumento da pressão arterial devido ao efeito vasopressor;
- Ação no sistema nervoso cardiovascular, elevando o fluxo sanguíneo e os batimentos cardíacos;
- Liberação de energia rapidamente para lidar com situações de estresse de curta duração;
- Quebra de glicogênio, uma forma de armazenamento de energia, tanto no fígado quanto nos músculos esqueléticos;
Ambas as substâncias atuam em situações de estresse de curta duração e são produzidas pela medula suprarrenal e pelo sistema nervoso.
A adrenalina e a noradrenalina também têm uso terapêutico, como o tratamento de choque séptico e o uso da adrenalina como estimulante cardíaco.
Como a noradrenalina é utilizada no tratamento de doenças cardiovasculares?
A noradrenalina é um neurotransmissor e hormônio que atua principalmente na modulação da pressão sanguínea e no sistema cardiovascular, apresentando ação vasoconstritora.
Ela é utilizada no tratamento de doenças cardiovasculares, como choque séptico, devido à sua capacidade de aumentar a pressão arterial e garantir o aumento do tônus vascular.
Em casos de choque séptico, a noradrenalina é administrada como uma droga vasopressora, pois no choque séptico é comum um aumento da vasodilatação, que ocasiona hipotensão arterial.
Além disso, a noradrenalina é utilizada em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para tratar pacientes em choque, pois ajuda na modulação da pressão e no controle do fluxo sanguíneo em determinadas regiões, como os rins.
É importante ressaltar que a noradrenalina não deve ser utilizada em casos de hipotensão por hipovolemia, a menos que seja medida emergencial até que a terapia de reposição de volume possa ser realizada.
Utilizar noradrenalina para manter a pressão arterial sem correção adequada da volemia pode levar à diminuição do débito urinário, hipóxia tissular e acidose láctica.
Quer saber mais? Veja:
Qual é a relação entre a dopamina e a noradrenalina?
A dopamina e a noradrenalina são ambos neurotransmissores pertencentes à família das catecolaminas, que incluem também a adrenalina. Essas substâncias atuam no sistema nervoso central e desempenham papéis importantes em diversas funções fisiológicas e psicológicas.
A noradrenalina é produzida na medula suprarrenal e também no sistema nervoso, atuando como neurotransmissor e hormônio. Ela está envolvida em várias funções, como:
- Aumento da disponibilidade de energia para uso imediato pelo corpo;
- Quebra de glicogênio no fígado e músculo esquelético;
- Liberação de ácidos graxos pelas células adiposas;
- Elevação da pressão arterial por meio da vasoconstrição periférica;
- Atuação no sistema nervoso autônomo, exercendo um papel excitatório;
A dopamina, por outro lado, está relacionada à regulação de algumas emoções e à alívio da dor.
Ela também é envolvida no sistema de recompensa do cérebro, promovendo a motivação para a realização das atividades do nosso dia a dia.
Em situações de estresse de curta duração, a noradrenalina e a adrenalina são secretadas pelas glândulas suprarrenais.
Ambas as substâncias podem ser utilizadas no tratamento do choque séptico, um estado grave em que a pressão arterial cai e a perfusão tecidual é comprometida.
Nesse contexto, a noradrenalina e a dopamina têm efeitos semelhantes na perfusão renal, aumentando a diurese e não alterando a depuração de creatinina.
Em resumo, a dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores catecolamínicos que desempenham papéis importantes em diversas funções fisiológicas e psicológicas.
Embora elas atuem em diferentes aspectos do sistema nervoso, ambas podem ser utilizadas no tratamento do choque séptico, demonstrando efeitos semelhantes na perfusão renal.