Qual a diferença entre ataque epilético e convulsão?
A diferença entre um ataque epilético e uma convulsão está na natureza e na origem dos eventos. Ambos envolvem episódios de contração muscular excessiva ou anormal, mas com características distintas:
Ataque epilético: Também conhecido como crise epilética, é um evento causado por uma temporária atividade elétrica desorganizada, excessiva e repetida no cérebro. As crises epiléticas podem ser parciais (afetam apenas um grupo de neurônios) ou generalizadas (afetam os dois hemisférios cerebrais) .
Convulsão: É um tipo mais intenso de ataque epilético, caracterizado por episódios de contração muscular excessiva ou anormal, usualmente bilateral, que pode ser sustentada ou interrompida. A pessoa perde os sentidos e pode debater-se, morder a língua e urinar na roupa.
Nem toda convulsão é uma crise epilética. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia, ela deve ter a repetição de suas crises epilépticas. A epilepsia é caracterizada por convulsões recorrentes, mas nem todas as convulsões são de natureza epiléptica. Algumas pessoas podem sofrer uma convulsão e não ser diagnosticadas com epilepsia.
Ataque Epilético | Convulsão |
---|---|
É uma crise que envolve a perda da consciência e espasmos musculares | É um tipo de crise mais associado ao estigma, à morbidade e à mortalidade |
Pode ser causado por várias condições, como traumatismo craniano ou interrupção rápida do uso de anticonvulsivantes | Geralmente ocorre em pessoas com epilepsia, mas também pode ocorrer em outras condições |
É um sintoma de um estado epiléptico, que pode ser convulsivo ou não convulsivo | É um tipo específico de crise convulsiva |
Quais são os sintomas comuns de um ataque epiléptico?
Os sintomas comuns de um ataque epiléptico variam de acordo com a pessoa e a localização no cérebro onde ocorre a atividade elétrica anormal. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Mirada fixa no espaço, com ou sem movimentos corporais sutis, como piscadelas ou cliques de boca, que duram entre 5 e 10 segundos.
- Confusão temporária.
- Episódios de ausências.
- Rigidez muscular.
- Movimentos espasmódicos incontroláveis de braços e pernas.
- Pérdida do conhecimento ou da consciência.
- Síntomas psicológicos, como medo, ansiedade ou déjà vu.
Em alguns casos, as pessoas com epilepsia podem apresentar uma sensação extraña antes de cada ataque, conhecida como aura, que pode incluir formigamento, sensação de cheiro que na verdade não existe ou mudanças emocionais.
É importante lembrar que os sintomas podem variar bastante de uma pessoa para outra e que o tipo de convulsão pode depender da parte do cérebro afetada.
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Como é feito o diagnóstico de convulsão?
O diagnóstico de convulsão envolve a análise dos sintomas apresentados pelo paciente e a realização de exames complementares. Os principais passos para o diagnóstico incluem:
- Avaliação clínica: Os médicos analisam os sintomas e as observações de testemunhas, como perda de consciência, espasmos musculares, língua mordida, perda do controle da bexiga, confusão súbita ou incapacidade de se concentrar;
- Eletroencefalografia (EEG): Este exame registra a atividade elétrica no cérebro e é essencial para diagnosticar convulsões e identificar o tipo de transtorno convulsivo, como epilepsia;
- Exames de neuroimagem: Tomografia computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética (RNM) podem ser realizadas para identificar possíveis causas estruturais das convulsões;
- Exames de sangue: Geralmente são realizados para medir os níveis de medicamentos anticonvulsivantes ou para identificar possíveis causas hormonais ou metabólicas das convulsões;
- Avaliação das causas: Os médicos também avaliam os pacientes para identificar possíveis causas das convulsões, como febre, rigidez do pescoço, déficits neurológicos focais, irritabilidade neuromuscular e hiperreflexia;
Se um transtorno convulsivo já foi diagnosticado, os médicos geralmente realizam exames de sangue para verificar os níveis de medicamentos anticonvulsivantes.
O tratamento para convulsões depende da causa e pode incluir o uso de medicamentos anticonvulsivantes e medidas de prevenção, como evitar gatilhos convulsivos e tomar precauções durante situações de perda de consciência que possam levar a risco.
Quais são as causas mais comuns de convulsões?
As convulsões são contrações involuntárias da musculatura, geralmente acompanhadas pela perda da consciência. Algumas das causas mais comuns de convulsões no Brasil incluem:
- Febre alta (em crianças);
- Desidratação;
- Queda na taxa de açúcar no sangue;
- Intoxicações por produtos químicos;
- Falta de oxigenação no cérebro;
- Efeitos colaterais provocados por medicamentos;
- Doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais;
- Infecções do sistema nervoso;
- Níveis de açúcar no sangue muito baixos;
- Síndrome de abstinência do álcool;
É importante ressaltar que algumas convulsões não apresentam causas determináveis. Além disso, as convulsões podem ser desencadeadas por fatores externos, como sons repetitivos, luzes pulsáteis, jogos em vídeo ou toque em áreas específicas do corpo.