Qual a diferença entre glicose e insulina?
A glicose e a insulina são substâncias importantes no metabolismo dos seres humanos, especialmente relacionadas à glicemia e à diabetes. Aqui estão as principais diferenças entre elas:
Glicose: É o açúcar que é transportado pela corrente sanguínea e absorvido pelas células. O organismo também consegue fabricar glicose a partir de gorduras e proteínas. A glicose no sangue é conhecida como glicemia.
Insulina: É um hormônio produzido pelo pâncreas, e tem como função metabolizar a glicose (açúcar no sangue) para produção de energia. A insulina ajuda a transportar a glicose do sangue para dentro das células, onde é convertida em energia, que é imediatamente utilizada ou armazenada na forma de gordura ou glicogênio.
A principal função da insulina é controlar a quantidade de glicose no sangue após a alimentação. Quando há alguma disfunção na produção de insulina, pouca ou nenhuma produção de insulina, a pessoa é diagnosticada com Diabetes Mellitus. Nesse caso, o controle da glicose na corrente sanguínea pode ser feito com a reposição exógena da insulina, através de aplicações diárias.
Glicose | Insulina |
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É um açúcar presente no sangue e absorvido pelas células | É um hormônio produzido pelo pâncreas |
É utilizada como fonte de energia pelas células | Tem como função metabolizar a glicose para produção de energia |
A glicose é transportada pela corrente sanguínea e absorvida pelas células | A insulina ajuda a transportar a glicose do sangue para dentro das células |
O organismo também consegue fabricar glicose a partir de gorduras e proteínas | A insulina atua como uma "chave", abrindo as "fechaduras" das células do corpo, para que a glicose entre e seja usada para gerar energia |
Como a glicose é produzida no corpo?
A glicose é um monossacarídeo que atua como principal fonte de energia para os seres vivos. Ela é obtida através da alimentação e seus níveis no sangue são chamados de glicemia.
A produção de glicose no corpo ocorre principalmente através da glicólise, um processo bioquímico em que uma molécula de glicose é degradada em duas moléculas de ácido pirúvico, liberando energia e formando intermediários metabólicos.
A glicose é produzida em diferentes momentos e em diferentes partes do corpo:
- Fotossíntese: Durante a fotossíntese, que ocorre nos vegetais, a glicose é produzida a partir de água e dióxido de carbono, utilizando a energia solar;
- Degradção de carboidratos: Quando o organismo precisa de energia, os carboidratos consumidos na alimentação são degradados em moléculas menores, como a glicose;
- Glicogênese: No fígado, a glicose é produzida a partir de outros açúcares, como o frutose e a galactose, que são convertidos em glicose;
A regulação da glicemia no organismo depende de dois hormônios: a insulina e o glucagon.
A insulina, produzida pelo pâncreas, é responsável por estimular a captação de glicose pelas células, promovendo a utilização dos carboidratos para obtenção de energia e deprimindo a utilização de gorduras.
Já o glucagon estimula a produção de glicose pelo fígado. A glicose é absorvida pelas células através do transporte ativo, que envolve a ação de proteínas transportadoras e a utilização de energia em forma de ATP.
Após ser absorvida, a glicose pode ser utilizada imediatamente como fonte de energia ou armazenada em forma de glicogênio no fígado e nos músculos.
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Como a insulina é produzida no corpo?
A insulina é um hormônio proteico produzido no pâncreas, mais precisamente em grupos celulares chamados de ilhotas pancreáticas. Essas ilhotas contêm células alfa e células beta, sendo as células beta responsáveis pela secreção da insulina.
A insulina tem como função principal regular a glicose no sangue, atuando em todas as células do corpo. A produção de insulina no corpo pode ser influenciada por diversos fatores, como:
- Alimentação: O consumo excessivo de alimentos, principalmente carboidratos de alto índice glicêmico, como doces e produtos feitos com farinhas refinadas, pode gerar uma superestimulação do pâncreas, levando a um aumento na produção de insulina;
- Exercícios físicos: A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina e, consequentemente, a produção do hormônio;
- Genética: Algumas pessoas podem ter um declínio na produção de insulina devido a fatores genéticos;
A insulina é classificada em diferentes tipos, de acordo com sua ação e duração. As insulinas podem ser humanas (NPH e Regular) ou análogos de insulina humana, desenvolvidos em laboratório através da tecnologia de DNA recombinante.
As insulinas podem ser administradas por via injetável, através de seringas ou canetas de aplicação de insulina.
Quais são os efeitos da falta de insulina no corpo?
A falta de insulina no corpo pode levar a diversos efeitos negativos, especialmente quando se trata de resistência à insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda a regular o nível de açúcar no sangue.
Quando as células do corpo se tornam menos responsivas à insulina, isso pode levar a um acúmulo de glicose no sangue, conhecido como hiperglicemia. Alguns efeitos da falta de insulina no corpo incluem:
- Dificuldade de concentração;
- Inchaço e flatulência;
- Constipação ou diarreia;
- Náuseas e vômitos;
- Pressão alta;
- Candidíase;
- Ganho ou perda de peso de forma rápida, especialmente na região do abdômen;
- Fraqueza e fadiga;
A resistência à insulina pode ser causada por diversos fatores, como obesidade, alimentação com excesso de carboidratos, pressão alta, sedentarismo e aumento do colesterol e triglicerídeos.
Além disso, alterações hormonais, como a síndrome do ovário policístico, também podem causar resistência à insulina nas mulheres.
O tratamento da resistência à insulina envolve perda de peso, realização de dieta e atividade física, além do monitoramento dos níveis de glicemia.
Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos, como a metformina, para ajudar no controle da resistência à insulina.
É importante seguir as orientações médicas e realizar consultas de acompanhamento para garantir o melhor controle possível dos níveis de açúcar no sangue.