Qual a diferença entre labirintite e vertigem?
A labirintite é uma inflamação do labirinto, uma estrutura no ouvido interno que é responsável pela audição e equilíbrio. Já a vertigem é um sintoma que pode ser causado por diversas condições, incluindo a labirintite, e é caracterizado por um senso de desequilíbrio, tontura ou sensação de movimento inadequado do ambiente circundante.
As principais diferenças entre labirintite e vertigem são:
Causa: A labirintite é uma condição específica que afeta o ouvido interno, enquanto a vertigem pode ser causada por várias condições, como a labirintite, neurite vestibular ou outros problemas no sistema vestibular.
Sintomas: A labirintite pode causar sintomas como dor no ouvido, sensação de desconforto no ouvido, tontura, sensação de movimento ou oscilação do ambiente circundante e perda auditiva. A vertigem, por outro lado, é apenas um dos sintomas que podem ser apresentados na labirintite ou em outras condições que afetam o sistema vestibular.
Tratamento: O tratamento para a labirintite depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos antibióticos, anti-inflamatórios ou outros medicamentos específicos para tratar a causa da inflamação. Já o tratamento para a vertigem depende da condição que a causa e pode incluir terapia vestibular, medicamentos ou intervenções específicas para a condição subjacente.
Labirintite | Vertigem |
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Infecção do labirinto, causando surdez e perda da função vestibular | Sensação de movimento ou equilíbrio anormal, pode ser causada por diversas condições, incluindo labirintite |
Causas incluem labirintite bacteriana e labirintite viral | Pode ser causada por neuronite vestibular, tumor do ângulo ponto-cerebelar, esclerose múltipla, entre outras |
Tratamento direcionado à causa, como antibióticos para labirintite bacteriana | Tratamento varia de acordo com a causa, pode incluir medicamentos anti-histamínicos ou outros medicamentos para o nervo vestibular |
Quais são as causas estruturais de tontura e vertigem?
As causas estruturais de tontura e vertigem podem ser diversas, envolvendo problemas no sistema vestibular periférico (ouvido interno) ou central (cérebro e nervos). Algumas das principais causas incluem:
- VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna): Ocorre quando há uma deslocação de partículas denominadas otocónias, também conhecidas como cristais, para os canais do ouvido interno;
- Doença de Ménière: Uma condição que afeta o ouvido interno e causa sintomas como vertigem, tontura, zumbido e perda auditiva;
- Neurite vestibular: Inflamação do nervo vestibular, que pode causar tontura e vertigem;
- Enxaqueca vestibular: Um tipo de enxaqueca que causa sintomas como dor de cabeça, náuseas, vômito e vertigem;
- Doenças cardíacas, pulmonares, endocrinológicas, desidratação, intoxicação, distúrbios metabólicos, infecções e distúrbios do sono: Essas condições podem causar tontura, mas não vertigem;
É importante identificar e diferenciar as causas das tonturas e vertigens para um diagnóstico e tratamento adequados. Em alguns casos, o tratamento da causa subjacente (como uma infecção no ouvido ou enxaqueca) pode fazer com que os sintomas desapareçam.
Como é feito o diagnóstico de labirintite agudo?
O diagnóstico de labirintite aguda é baseado na avaliação clínica, no exame físico e em testes específicos para avaliar a audição e o equilíbrio. As principais etapas do diagnóstico incluem:
- História e exame físico: A presença de fatores de risco, vertigem, tontura, náuseas e vômitos, perda auditiva, otorreia e nistagmo são fatores diagnósticos importantes;
- Audiometria: É o exame essencial para detectar a perda auditiva, que pode ser neurossensorial ou mista, dependendo da causa da labirintite;
- Teste de Weber: Este teste é utilizado para determinar a lateralidade da perda auditiva;
- Teste de Rinne: Este teste é realizado para avaliar a função das ossículas do ouvido médio;
- Vectoeletronistagmografia: É um exame que avalia o funcionamento do sistema vestibular;
- Investigações adicionais: Dependendo do caso, o médico pode solicitar outros exames, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para identificar possíveis causas estruturais ou infecções;
É importante ressaltar que apenas médicos especialistas em otorrinolaringologia podem diagnosticar e indicar tratamentos adequados para a labirintite. Caso suspeite de labirintite, é fundamental procurar um médico especialista para uma avaliação precisa e orientações sobre o tratamento mais adequado.
Quais são as causas de vertigem posicional paroxística benigna?
A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é um distúrbio da orelha interna que causa crises de vertigem desencadeadas por determinadas mudanças na posição da cabeça.
A principal causa da VPPB é o deslocamento de otólitos, que são minúsculos cristais de carbonato de cálcio, no ouvido interno. Esse deslocamento pode ser causado por diversos fatores, como:
- Infecções no ouvido;
- Lesões na cabeça ou ouvido;
- Cirurgia na região;
- Repouso prolongado na cama;
- Distúrbios do ouvido interno, como a Doença de Ménière;
- Bloqueio de artéria ao ouvido interno;
Em cerca de 70% dos casos, a VPPB é uma doença idiopática, ou seja, a principal causa é indeterminada.
O diagnóstico da VPPB é feito principalmente através da manobra de Dix-Hallpike, que envolve a movimentação da cabeça para deslocar a endolinfa e a cúpula do ouvido interno.
Além disso, podem ser solicitados exames de imagem, como a ressonância magnética, para descartar a suspeita de outras doenças.
O tratamento mais comum para a VPPB é a manobra de Epley, que é uma intervenção física que visa recolocar os otólitos em sua posição correta no ouvido interno.
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