Qual a diferença entre o TEA e o autismo?
A diferença entre o TEA (Transtorno do Espectro Autista) e o autismo está nos graus de afetividade e na presença de outras condições. O TEA é um termo genérico que abrange diversos transtornos, incluindo o autismo, e é caracterizado por alterações na comunicação e na interação social. O autismo, por outro lado, é uma condição específica dentro do espectro autista, que apresenta sintomas mais intensos e afetam a capacidade de uma pessoa de se comunicar e interagir com os outros.
Algumas diferenças entre o TEA e o autismo incluem:
Grau de afetividade: O TEA pode apresentar diferentes graus de afetividade, enquanto o autismo geralmente é caracterizado por um afeto mais intenso e difícil de entender.
Outras condições: Pessoas com TEA podem ter outras condições, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), enquanto o autismo geralmente ocorre isoladamente.
Comunicação: Ambos os transtornos estão relacionados a dificuldades na comunicação, mas no caso do TEA, a pessoa pode ter melhores habilidades não verbais e práticas.
É importante ressaltar que a distinção entre o TEA e o autismo pode ser difícil e, em alguns casos, pode ser necessário um profissional especializado para fazer uma avaliação precisa.
Característica | TEA (Transtorno do Espectro Autista) | Autismo Clássico |
---|---|---|
Déficits sociais | Persistentes na interação social e comunicação | Menos evidentes que no autismo clássico |
Comportamentos repetitivos | Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades | Menos evidentes que no autismo clássico |
Níveis de gravidade | Nível 1 (autismo leve), Nível 2 (autismo moderado), Nível 3 (autismo severo) | Não dividido em níveis, mas pode variar de leve a severo |
Diagnóstico | Baseado nos critérios do DSM-5 | Diagnóstico diferencial com o TEA |
Quando o autismo é de alto funcionamento?
O autismo de alto funcionamento é um tipo de transtorno do espectro autista, caracterizado pelo comprometimento de três áreas principais:
- Linguagem e fala: No autismo de alto funcionamento, há um comprometimento importante da linguagem e da fala, o que pode levar a dificuldades na comunicação;
- Interação social: Indivíduos com autismo de alto funcionamento podem apresentar dificuldades na interação social, o que pode afetar a qualidade de vida deles;
- Cognitivas, emocionais, motoras e sensoriais: O autismo de alto funcionamento envolve uma ampla gama de sintomas, incluindo emocionais, cognitivos, motores e sensoriais;
Embora os indivíduos com autismo de alto funcionamento sejam considerados como população portadora de uma limitação rara, os dados epidemiológicos ainda não são conclusivos para inferir a prevalência desse tipo de autismo.
A qualidade de vida dessas pessoas pode ser avaliada através da visão delas mesmas, de seus familiares e educadores, e estudos têm mostrado boa consistência entre as informações desses três grupos.
Quais são os 3 níveis do TEA?
Os três níveis do Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil são classificados com base no nível de suporte necessário para as pessoas afetadas. Esses níveis são:
- Nível 1 (Autismo Leve): Também conhecido como "autismo leve", é o mais brando e caracterizado por dificuldades na interação social e comunicação, bem como comportamentos repetitivos e interesses restritos. As pessoas com TEA no nível 1 podem ter dificuldade em iniciar ou manter conversas, interpretar expressões faciais e entender as nuances da linguagem. Eles também podem apresentar comportamentos repetitivos e ter interesses intensos e restritos. Apesar disso, pessoas com TEA no nível 1 geralmente têm habilidades de linguagem e comunicação relativamente desenvolvidas e precisam de menos suporte;
- Nível 2 (Autismo Moderado): Este segundo nível do TEA é considerado moderado e se caracteriza por dificuldades significativas na interação social, comunicação e comportamento. Pessoas neste nível podem enfrentar maiores desafios para iniciar ou manter conversas, interpretar expressões faciais e compreender nuances da linguagem. Além disso, podem apresentar comportamentos repetitivos e ter interesses intensos e restritos. Indivíduos com TEA no nível 2 podem apresentar também dificuldades para se adaptar a mudanças na rotina e precisam de mais apoio que aqueles no nível 1;
- Nível 3 (Autismo Severo): Este nível é o mais grave e afeta gravemente a capacidade de interação social, comunicação e comportamento. As pessoas com TEA no nível 3 apresentam dificuldades significativas na comunicação verbal e gestual, sendo também muito afetados em relação às interações sociais. Eles precisam de um suporte mais intenso do que as pessoas nos níveis 1 e 2;
Cada nível de TEA apresenta diferentes graus de dificuldades e necessidades de suporte, e o diagnóstico é feito com base na gravidade dos sintomas e no nível de suporte necessário para as atividades cotidianas.
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O que mudou do DSM-IV para o DSM-5 no transtorno do espectro autista?
A principal mudança entre o DSM-IV e o DSM-5 no que diz respeito ao transtorno do espectro autista (TEA) foi a introdução do conceito de "espectro autista".
No DSM-IV, os diagnósticos de transtorno autista e transtorno global do desenvolvimento não especificado (PDD-NOS) eram separados, enquanto no DSM-5, esses diagnósticos foram substituídos pelo TEA, que abrange um espectro mais amplo de sintomas e dificuldades.
Além disso, as critérios diagnósticos para o TEA no DSM-5 foram atualizados para incluir deficiências persistentes na comunicação e na interação social em vários contextos, além de comportamentos restritos e padrões repetitivos.
Essas mudanças visam melhorar a precisão do diagnóstico e a abrangência dos indivíduos que apresentam sintomas do TEA. Em resumo, as principais mudanças no DSM-5 em relação ao TEA incluem:
- A introdução do conceito de "espectro autista" para abranger um espectro mais amplo de sintomas e dificuldades.
- A atualização dos critérios diagnósticos para incluir deficiências na comunicação, interação social e comportamentos restritos e padrões repetitivos.