Qual a diferença entre oração coordenada e subordinada?
A diferença entre orações coordenadas e subordinadas está na relação sintática entre elas e na forma como elas se relacionam com outras orações.
Orações coordenadas são orações independentes que podem ser separadas sem perder seu sentido completo. Elas não têm relação sintática entre si e, portanto, são funcionalmente equivalentes entre si. As orações coordenadas podem ser classificadas de acordo com as conjunções coordenativas que as introduzem, como copulativas, disjuntivas e conclusivas.
Orações subordinadas são orações dependentes que não possuem um sentido completo quando separadas. Elas estão subordinadas a uma oração principal, à qual estão ligadas e que complementa o sentido delas. As orações subordinadas podem ser classificadas como substantivas, adjetivas ou adverbiais de acordo com a função sintática que desempenham no enunciado.
Em resumo:
- Orações coordenadas: independentes, não têm relação sintática entre si, podem ser separadas sem perder sentido completo.
- Orações subordinadas: dependentes, estão subordinadas a uma oração principal, não têm sentido completo quando separadas.
Oração Coordenada | Oração Subordinada |
---|---|
Ligadas por conjunções coordenativas (e, ou, mas, etc.) | Ligadas por conjunções subordinativas (que, porque, quando, etc.) |
Têm sentido completo e independente | Têm sentido incompleto e dependem de outra oração para ter sentido completo |
Podem ser classificadas como copulativas, disjuntivas, adversativas, conclusivas e explicativas | Podem ser classificadas como substantivas, adjetivas e adverbiais |
Exemplo: Você vai direta para o seu trabalho ou você vai à sua casa antes? | Exemplo: Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe |
Quais são as conjunções coordenativas mais comuns?
As conjunções coordenativas são palavras invariáveis que ligam termos ou orações independentes, estabelecendo relações de sentido entre elas. No português do Brasil, as conjunções coordenativas mais comuns são classificadas em cinco tipos principais:
- Aditivas: estabelecem relações de adição, soma ou contraposição. Exemplos: e, nem, não só...mas também.
- Adversativas: estabelecem relações de oposição, contraste ou contrariedade. Exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto.
- Alternativas: estabelecem relações de alternância, exclusão ou escolha entre opções. Exemplos: ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
- Conclusivas: estabelecem relações de conclusão, consequência ou explicação. Exemplos: portanto, logo, pois, que, como, porque.
- Explicativas: estabelecem relações de justificativa, motivação ou causa. Exemplos: pois (anteposto ao verbo), porque, que.
É importante observar que algumas conjunções podem ser classificadas em mais de uma categoria, dependendo do contexto em que são usadas.
Como identificar uma oração subordinada?
Uma oração subordinada é uma oração que depende de outra oração para fazer sentido completo.
Elas exercem uma função sintática sobre a oração principal e podem ser classificadas como substantivas, adjetivas ou adverbiais, de acordo com a função que desempenham no enunciado. Para identificar uma oração subordinada, você pode procurar algumas características:
- Dependência: A oração subordinada não pode existir sozinha, pois depende da oração principal para completar seu sentido;
- Função sintática: As orações subordinadas podem exercer funções de substantivo, adjetivo ou adverbio na oração principal;
- Conectivos: Muitas orações subordinadas possuem conectivos, como "apesar", "embora", "se", "quando", "onde", "como", etc., que estabelecem uma relação entre a oração subordinada e a oração principal;
- Forma verbal: As orações subordinadas desenvolvidas possuem um verbo flexionado (podem ser no indicativo ou subjuntivo), enquanto as orações subordinadas reduzidas não possuem conectivo e seu verbo está no infinitivo, gerúndio ou particípio;
Diferentemente das orações subordinadas, as orações coordenadas são independentes e possuem sentido completo por si só.
Quais são os tipos de orações subordinadas?
Em português do Brasil, existem três tipos básicos de orações subordinadas: orações subordinadas substantivas, orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais.
- Orações subordinadas substantivas: desempenham a função de substantivos, como sujeito, predicativo, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e apositivo. Exemplos:
- Sujeito: "O menino que estudou muito aprovou no exame.";
- Predicativo: "O livro que ele comprou é sobre gramática.";
- Complemento nominal: "Olá, eu sou o João.";
- Objeto direto: "Ele comprou o livro que eu queria.";
- Objeto indireto: "Ele entregou o livro para o João.";
- Apositivo: "O João, que é meu amigo, é um excelente aluno.";
- Orações subordinadas adjetivas: desempenham a função de adjetivos, como atributivo, completivo adjetival e completivo nominal. Exemplos:
- Atributivo: "O livro que ele comprou é interessante.";
- Completivo adjetival: "Ele é o aluno que estudou muito.";
- Completivo nominal: "O João é o aluno que eu queria.";
- Orações subordinadas adverbiais: desempenham a função de advérbios, como temporais, causais, finais, condicionais, concessivas, consecutivas e comparativas. Exemplos:
- Temporal: "Quando cheguei, a reunião já tinha começado.";
- Causal: "Faltei à reunião, porque saí muito tarde do trabalho.";
- Final: "Saí mais cedo do trabalho, para poder assistir à reunião.";
- Condicional: "Se tivesse saído mais cedo, teria assistido à reunião.";
- Concessivo: "Embora tivesse chegado atrasado, pude assistir à reunião.";
- Consecutivo: "Saí tão tarde do trabalho, que já não consegui ir à reunião.";
- Comparativo: "Esta reunião correu melhor do que a anterior (correu).";
As orações subordinadas são aquelas que dependem de outra oração para terem sentido completo no período.
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