Qual a diferença entre pilha e eletrólise?
A diferença entre pilha e eletrolise está nos processos e objetivos de cada um deles:
Pilha: É um sistema eletroquímico espontâneo que gera energia elétrica a partir de energia química. As reações que ocorrem na pilha são espontâneas, e a energia química se transforma em energia elétrica. Um exemplo de pilha é a pilha de Daniell, que é composta por duas placas metálicas diferentes (Zn e Cu) imersas em uma solução eletrolítica.
Eletrolise: É um processo não espontâneo que converte a energia elétrica em energia química. Na eletrólise, uma corrente elétrica contínua faz com que os cátions recebam elétrons e os ânions doem elétrons, decompondo uma substância iônica. A eletrólise é utilizada na indústria para isolar substâncias fundamentais, como alumínio, cloro, hidróxido de sódio, entre outros.
Algumas diferenças entre pilha e eletrolise incluem:
- Na pilha, as reações são espontâneas, enquanto na eletrólise é necessário fornecer energia elétrica para que o processo ocorra.
- A pilha gera corrente elétrica a partir de uma reação química, enquanto a eletrólise utiliza corrente elétrica para realizar uma reação química.
- Na pilha, o pólo positivo é o cátodo, que recebe elétrons, enquanto na eletrólise, o cátodo é o polo negativo, que doa elétrons.
Em resumo, a pilha é um dispositivo que gera energia elétrica a partir de reações químicas espontâneas, enquanto a eletrolise é um processo não espontâneo que utiliza energia elétrica para realizar reações químicas.
Pilha | Eletrólise |
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É um sistema eletroquímico espontâneo que gera energia elétrica a partir de energia química | É um processo físico-químico que utiliza energia elétrica para forçar a ocorrência de uma reação de oxidação e redução não espontânea |
A pilha é responsável pela produção de corrente elétrica por meio de reações espontâneas de oxirredução | A eletrólise é utilizada para isolar substâncias químicas, como alumínio, cloro, hidróxido de sódio, entre outras, e é muito utilizada na indústria |
A diferença de potencial (ddp) entre os eletrodos da pilha é chamada de força eletromotriz (fem ou E) e é medida em volts (V) | A eletrólise pode ser classificada em eletrólise ígnea e eletrólise aquosa, dependendo do tipo de substância iônica utilizada |
Como funciona uma pilha?
Uma pilha é um dispositivo eletroquímico que transforma energia química em energia elétrica por meio de reações de oxirredução espontâneas. O funcionamento de uma pilha envolve os seguintes componentes e etapas:
- Ânodo: é o eletrodo negativo da pilha, onde ocorre a oxidação, ou seja, uma substância perde elétrons;
- Cátodo: é o eletrodo positivo da pilha, onde ocorre a redução, ou seja, uma substância ganha elétrons;
- Reações de oxidação e redução: essas reações ocorrem simultaneamente na pilha, e é nelas que a energia química é convertida em energia elétrica;
- Ponte salina: é um meio de comunicação entre os ânodos e cátodos de diferentes pilhas, que permite o fluxo de ions e a manutenção do circuito fechado;
Por exemplo, na pilha de Daniell, a reação química de oxirredução ocorre entre o zinco metálico (ânodo) e os íons cobre (cátodo).
O zinco metálico é mais reativo que o cobre metálico, o que faz com que o zinco seja oxidado com maior facilidade, perdendo elétrons. Juntamente com a redução do cobre, essas reações geram corrente elétrica na pilha.
As pilhas são utilizadas em diversos dispositivos eletroportáteis e também na confecção de baterias, que entregam uma maior voltagem e são capazes de prover corrente elétrica para veículos, como carros.
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Quais são os tipos de eletrólise?
A eletrólise é um processo químico não espontâneo, no qual a energia elétrica é utilizada para promover reações de oxirredução, gerando a formação de substâncias a partir de compostos iônicos fundidos ou dissolvidos em água.
Existem dois tipos principais de eletrólise:
- Eletrólise Ígnea: Ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá em uma substância iônica liquefeita, isto é, fundidaEste tipo de eletrólise é muito utilizado na indústria, principalmente para a produção de metais, como o alumínio;
- Eletrólise Aquosa: Ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá em uma solução aquosa, ou seja, quando os compostos iônicos estão dissolvidos na águaEste tipo de eletrólise é utilizado para a obtenção de substâncias puras, como o cloro e o hidróxido de sódio;
Durante o processo de eletrólise, um cátion sempre sofre redução no cátodo, e um ânion sempre sofre oxidação no ânodo.
A eletrólise é essencial para a obtenção de algumas substâncias químicas e é amplamente utilizada na indústria para a produção de diversos produtos, como o alumínio, o cloro e o hidróxido de sódio.
Como a eletrólise é utilizada na indústria?
A eletrólise é um processo físico-químico que utiliza a energia elétrica para promover reações de oxidação e redução em substâncias iônicas, sendo utilizada na indústria para a produção de diversos produtos químicos e metais.
Existem dois tipos principais de eletrólise: a eletrólise ígnea e a eletrólise aquosa. Na eletrólise ígnea, a passagem de corrente elétrica ocorre em uma substância iônica fundida, como o cloreto de sódio (NaCl).
Essa técnica é utilizada na produção de alumínio, que ocorre pela eletrólise ígnea de Al2O3 (bauxita). Além disso, a eletrólise ígnea do cloreto de sódio produz gás cloro e sódio metálico.
Já na eletrólise aquosa, a passagem de corrente elétrica ocorre em uma solução iônica, como a eletrólise aquosa do NaCl (cloreto de sódio).
Essa técnica é utilizada na produção de soda cáustica (NaOH), gás hidrogênio (H2) e gás cloro (Cl2).
A eletrólise é também utilizada na galvanoplastia, que é o recobrimento de objetos com uma fina camada de metal, como a niquelação e a cromação.
Além disso, a eletrólise é empregada na recarga de baterias e na confecção de peças extremamente refinadas e de alto rendimento, como as usadas na indústria aeroespacial.
Em resumo, a eletrólise é um processo fundamental na indústria, sendo utilizada na produção de diversos produtos químicos e metais, como alumínio, cloro, sódio, hidrogênio e soda cáustica, além de ser empregada na galvanoplastia e na recarga de baterias.