Qual a diferença entre plantas epífitas e parasitas?
A principal diferença entre plantas epífitas e parasitas está no modo como elas se relacionam com outras plantas:
Plantas epífitas: Vivem sobre outras plantas (forófitos) e utilizam-nas como suporte, mas não retiram nutrientes da planta que lhes fornece apoio. Elas absorvem a água da chuva e retiram os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento de insetos mortos, entre outros. Essa relação ecológica é conhecida como comensalismo. As epífitas são bastante comuns em regiões de matas, onde as copas das árvores impedem a passagem da luz solar, prejudicando as plantas de pequeno porte. Algumas espécies de plantas epífitas incluem bromélias, orquídeas e samambaias.
Plantas parasitas: Se instalam sobre outra planta ou árvore e se alimentam de sua seiva, retirando nutrientes da planta hospedeira. Essa relação é parasitária, ou seja, a planta parasita se beneficia às custas da planta hospedeira, prejudicando-a.
Em resumo, as plantas epífitas vivem sobre outras plantas sem causar dano a elas, enquanto as plantas parasitas se alimentam da seiva das plantas hospedeiras, prejudicando-as.
Característica | Plantas Epífitas | Plantas Parasitas |
---|---|---|
Definição | Plantas que vivem sobre outras plantas, mas não retiram nutrientes da planta hospedeira. | Plantas que se instalam sobre outra planta ou árvore e se alimentam de sua seiva. |
Obtenção de Nutrientes | Absorvem a água da chuva e retiram os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento das insetos mortos e outros materiais orgânicos. | Encarvam suas raízes, conhecidas como haustórios, no caule ou no tronco de seu hospedeiro, atingindo o sistema vascular e retirando a seiva de que precisam para nutrir-se. |
Relação com a Planta Hospedeira | Relação de comensalismo, ou seja, usam a planta hospedeira como suporte, mas não a prejudicam. | Relação parasitária, prejudicando a planta hospedeira ao retirar nutrientes e energia. |
Exemplos | Orquídeas, bromélias e samambaias. | Visco e outras plantas parasitas. |
Quais são as características das plantas epífitas?
As plantas epífitas são aquelas que vivem sobre outras plantas, mas não possuem hábitos parasitas, ou seja, não retiram nutrientes da planta que lhe fornece apoio. Essas plantas são encontradas principalmente em florestas tropicais úmidas, especialmente nas Florestas Neotropicais.
Algumas características das plantas epífitas incluem:
- Relação comensalística: As plantas epífitas beneficiam-se da relação com a planta que lhes serve de suporte (forófito), sem causar prejuízo a esta;
- Acesso à luminosidade: Vivendo sobre outras plantas, as epífitas têm maior acesso à luminosidade, o que aumenta sua taxa fotossintética;
- Adaptações: Para viver sobre outras árvores, as plantas epífitas necessitam de adaptações, como raízes com maior capacidade de absorção e órgãos específicos para armazenar água e nutrientes;
- Diversidade: A grande maioria das plantas epífitas está classificada no grupo das monocotiledôneas, como a família Orchidaceae (orquídeas) e Bromeliaceae (bromélias)Além das angiospermas, algumas pteridófitas, como samambaias, também são epífitas;
- Distribuição: As plantas epífitas são mais comuns em regiões de matas, onde as copas das árvores impedem a passagem da luz solar, prejudicando as plantas de pequeno porteNas florestas tropicais, as epífitas correspondem a cerca de 30% das plantas vasculares;
Em resumo, as plantas epífitas são aquelas que se desenvolvem sobre outro organismo, sem parasitar, e se beneficiam dessa relação para ter maior acesso à luminosidade e realizar a fotossíntese de maneira mais eficaz.
Essas plantas são encontradas principalmente em florestas tropicais úmidas e apresentam diversas adaptações para garantir sua sobrevivência nesse ambiente.
Como as plantas parasitas se alimentam?
As plantas parasitas se alimentam através de um processo chamado fitoparasitismo, no qual uma planta parasita obtém parte ou a totalidade das suas necessidades nutricionais de outra planta, conhecida como hospedeira. Algumas características das plantas parasitas incluem:
- Raízes modificadas: As plantas parasitas apresentam um tipo de raiz modificada, designada por haustório, que penetra nos tecidos da planta hospedeira e se liga com o seu xilema ou floema, ou com ambos;
- Dependência nutricional: As plantas parasitas podem ser obrigatórias, não podendo completar o seu ciclo de vida sem uma hospedeira, ou facultativas, podendo terminar o seu ciclo de vida independentemente;
- Perda da capacidade fotossintética: Algumas plantas parasitas perdem a capacidade de fotossíntese durante o percurso evolucionário, tornando-se totalmente dependentes das plantas hospedeiras para obter nutrientes;
Exemplos de plantas parasitas incluem a Cuscuta glomerata, que não apresenta raiz e tem folhas muito reduzidas e em forma de pequenas escamas com clorofila reduzida ou mesmo inexistente.
A absorção de nutrientes das plantas parasitas pode ser tamanha que, às vezes, chega a matar a outra planta.
Aprenda mais:
Quais são os tipos de plantas parasitas?
No Brasil, existem diversos tipos de plantas parasitas, que se alimentam de nutrientes e água das plantas hospedeiras. Algumas das principais espécies de plantas parasitas encontradas no Brasil incluem:
- Cipó-chumbo: Esta planta é incapaz de realizar fotossíntese e, portanto, não consegue produzir seu próprio alimento. Ela retira os nutrientes necessários da planta hospedeira, penetrando no floema dela;
- Erva-de-passarinho: Também conhecida como muérdago, a erva-de-passarinho é uma planta hemiparasita da família Loranthaceae. Ela parasita monocotiledôneas, árvores frutíferas, ornamentais e florestais coníferas e folhosas. A erva-de-passarinho vive sobre os galhos e troncos das plantas hospedeiras e retira delas água e nutrientes;
Além dessas espécies, existem outras plantas parasitas menos comuns no Brasil, como a Rafflesia arnoldii, que é uma planta parasita sem folhas, sem caules e sem raízes, e a Hydnora africana, que é uma planta parasita que cresce em raízes de plantas hospedeiras.
As plantas parasitas possuem uma estrutura chamada haustório, que atua penetrando nos tecidos da planta hospedeira e retirando os nutrientes e a água necessários para seu desenvolvimento.
Essas plantas podem causar danos às plantas hospedeiras, afetando seu crescimento e vigor.