Qual a diferença entre prefixo e sufixo?
A diferença entre prefixo e sufixo está na posição que ocupam na palavra. Ambos são morfemas que se juntam às palavras para formar novas palavras, sendo chamados de afixos.
Prefixo: É colocado antes do radical (parte da palavra que contém o seu significado) . Por exemplo, em "antipatia" (anti = prefixo) e "retroceder" (retro = prefixo) .
Sufixo: É colocado depois do radical. Por exemplo, em "tolerante" (ante = sufixo) e "realismo" (ismo = sufixo) .
Os prefixos e sufixos podem modificar o significado da palavra e, em geral, sua classe gramatical. Além disso, seu uso pode ser influenciado por questões semânticas (significado), indicando as intenções do falante, sejam elas explícitas (que aparecem) ou implícitas (que não parecem) .
Característica | Prefixo | Sufixo |
---|---|---|
Posicionamento | Antes do radical | Depois do radical |
Função | Modifica o sentido da palavra, geralmente mantendo a classe gramatical | Modifica o sentido da palavra, geralmente mantendo a classe gramatical |
Origem | Geralmente de origem latina ou grega | Geralmente de origem latina ou grega |
Quais são os prefixos mais comuns na língua portuguesa?
Os prefixos mais comuns na língua portuguesa têm origem latina e grega. Alguns dos prefixos mais frequentes incluem:
- A-, ab-, abs-: Afastamento, separação (exemplo: abdicar, abortar);
- Ad-: Aproximação, movimento para junto (exemplo: adentrar, adorar);
- An-: Privação, negação, insuficiência, carência (exemplo: anônimo, amoral, ateu, afônico);
- An-: Inversão, mudança, repetição (exemplo: anfiteatro, ambivalente);
- Anti-: Oposição, ação contrária (exemplo: antibiótico, contraditório);
- Apo-: Afastamento, separação (exemplo: apogeu, abstrair);
- Di-: Duplicidade (exemplo: dissílabo, bicampeão);
- Dis-: Privação, negação (exemplo: dissemelhança, desigualdade);
- E-, em-, en-: Movimento para dentro, posição interior (exemplo: encéfalo, ingerir, irromper);
- Endo-: Movimento para dentro, posição interior (exemplo: endovenoso, endodonte);
- Epi-: Sobre, além, acima (exemplo: epiderme, epílogo);
- Erro-: Mistura, confusão (exemplo: erro, erva);
- Et-: Mistura, confusão (exemplo: etéreo, etimologia);
- Ex-: Afastamento, separação (exemplo: ex-namorado, ex-presidente);
- Hiper-: Excesso, aumento (exemplo: hipermercado, hiperativo);
- In-: Privação, negação (exemplo: inativo, inadmissível);
- Inter-: Entre, durante, no meio de (exemplo: intercâmbio, internação);
- Intra-: Movimento para dentro, posição interior (exemplo: intravasar, intramuscular);
- Ir-: Negação, oposição (exemplo: irreal, irresponsável);
- Mal-: Mistura, confusão (exemplo: mala, malandrinho);
- Meso-: Meio, centro, médio (exemplo: mesopotâmia, mesoterapia);
- Micro-: Pequeno, diminutivo (exemplo: microbio, microcomputador);
- Mini-: Pequeno, diminutivo (exemplo: minigolfe, minissaia);
- Mono-: Um, único (exemplo: monogâmico, monopolio);
- Multi-: Muitos, vários (exemplo: multifacetado, multicultural);
- Neo-: Novo, recente (exemplo: neologismo, neoplasia);
- Ob-: Afastamento, separação (exemplo: oblato, oblíquo);
- Omni-: Todo, todos (exemplo: omnipotente, omnisciente);
- Para-: Proximidade, ao lado de (exemplo: paradigma, parasita);
- Peri-: Posição ou movimento em torno (exemplo: perímetro, perífrase);
- Pró-: Posição em frente, anterior (exemplo: prólogo, prognóstico);
- Re-: Repetição, retomada (exemplo: recomeçar, recriar);
- Retro-: Movimento para trás, oposto (exemplo: retroceder, retroativo);
- Sem-: Privação, negação (exemplo: semelhança, desigualdade);
- Sin-: Simultaneidade, companhia (exemplo: sinfonia, simpatia, sílaba);
- Sub-: Afastamento, separação (exemplo: subentendido, subalterno);
- Super-: Excesso, aumento (exemplo: supermercado, superativo);
- Trans-: Movimento através, além (exemplo: diálogo, transmitir);
- Tri-: Três, terceiro (exemplo: triângulo, triunvirato);
- Ultra-: Além, excesso (exemplo: ultramar, ultraconservador);
- Uni-: Um, único (exemplo: unicórnio, unidade);
- Vice-: Proximidade, ao lado de (exemplo: vice-presidente, vice-gerente);
Esses prefixos são utilizados para formar novas palavras e modificar o significado das palavras a que estão ligados.
Quais são os sufixos mais utilizados na língua portuguesa?
Os sufixos são elementos que, quando adicionados a uma palavra, modificam seu significado e, principalmente, a categoria gramatical. Na língua portuguesa, os sufixos têm origem variada, mas a maioria é de origem latina.
Alguns sufixos mais utilizados na língua portuguesa incluem:
- Nomeação de ação: -ada (exemplo: caminhada);
- Nomeação de agente: -ador (exemplo: lutador);
- Indicam aumentativo: -ão (exemplo: paredão);
- Indicam coleção: -ada (exemplo: papelada);
- Indicam diminutivo: -inho (exemplo: casinha);
- Formam nomes técnicos: -ite (exemplo: bronquite);
Esses são apenas alguns exemplos de sufixos utilizados na língua portuguesa. Existem muitos outros sufixos que podem ser adicionados a palavras para formar novas palavras com diferentes significados e categorias gramaticais.
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Como os prefixos e sufixos são usados para formar palavras na língua portuguesa?
Os prefixos e sufixos são morfemas da língua portuguesa, também chamados de afixos, que são usados com radicais de palavras para formar novas palavras. Esses afixos podem ser usados de maneiras diferentes para criar diferentes efeitos e significados.
Prefixos são afixos que se colocam antes do radical da palavra e geralmente modificam o sentido da palavra, mas mantêm a classe gramatical a qual pertencem. Alguns exemplos de prefixos incluem:
- anti- (antipatia);
- retro- (retroceder);
- in- (inacessível);
Sufixos são afixos que se colocam após o radical da palavra e podem indicar ação ou resultado de ação, origem, entre outros. Alguns exemplos de sufixos incluem:
- ante (tolerante);
- ismo (realismo);
- mente (cuidadosamente);
Existem também processos de formação de palavras que envolvem a combinação de prefixos e sufixos, como a derivação prefixal e sufixal, em que um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra.
Um exemplo é a palavra "deslealmente", que conta com o prefixo "des-" e o sufixo "-mente".
Outro processo é a derivação parassintética, em que um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra, mas os dois afixos não podem se separar, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.
Um exemplo é a palavra "anoitecer", que conta com o prefixo "a-" e o sufixo "-ecer". Neste caso, não existem as palavras "anoite" e "noitecer", pois os afixos não podem se separar.
Os prefixos e sufixos são importantes na língua portuguesa, pois permitem a criação de novas palavras e a expressão de diferentes significados e relações gramaticais.