Qual a diferença entre radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia?
A radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia são três tipos de tratamentos utilizados no tratamento do câncer, cada um com suas próprias características e objetivos:
Radioterapia: É um tratamento que utiliza raios X de alta energia para destruir as células cancerosas. A radioterapia pode ser administrada externamente, através de aplicações externas no local afetado, ou internamente, através de implantes de fontes radioativas diretamente na área afetada.
Quimioterapia: É um tratamento que utiliza medicamentos químicos para destruir as células cancerosas. A quimioterapia pode ser administrada por via oral, através de comprimidos, ou por injeção intravenosa.
Hormonioterapia: É um tratamento que utiliza hormônios ou medicamentos que atuam nos hormônios para retardar ou interromper o crescimento dos tipos de câncer que recebem o estímulo de hormônios. A hormonioterapia pode ser administrada de várias formas, como por via oral, injeções ou cirurgia para remover órgãos que produzem hormônios.
Cada tipo de tratamento tem seus próprios objetivos e pode ser usado sozinho ou em combinação com outros tratamentos para o câncer, dependendo do tipo de câncer e da etapa em que se encontra.
Tratamento | Descrição | Objetivo | Mecanismo de ação | Efeitos colaterais |
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Radioterapia | Utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerosas. | Curativo, adjuvante, neoadjuvante e/ou paliativo. | Direcionada para uma área específica, podendo ser externa (radiação emitida por aparelho) ou por braquiterapia (aplicadores posicionados). | Geralmente locais, como fadiga, eritema e dor na área tratada. |
Quimioterapia | Utiliza medicamentos para destruir os tumores. | Curativo, adjuvante, neoadjuvante e/ou paliativo. | Tratamento sistêmico, atuando em todo o organismo. | Dependendo do tipo de medicamento, podem incluir fadiga, náuseas, vômito, perda de cabelo e diminuição da contagem de células sanguíneas. |
Hormonioterapia | Utiliza medicamentos para bloquear a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. | Curativo, adjuvante, neoadjuvante e/ou paliativo. | Atua em tumores dependentes de hormônios. | Dependendo do tipo de medicamento, podem incluir efeitos colaterais hormonais, como alteração da libido, sintomas menopáusicos e alterações no nível de açúcar no sangue. |
Como funciona a hormonioterapia?
A hormonioterapia é um tratamento utilizado na oncologia para retardar ou interromper o crescimento dos tipos de câncer que recebem estímulo de hormônios.
Ela baseia-se na administração ou no controle da produção hormonal, conseguindo inibir o crescimento de um tumor específico e a morte das células cancerosas. A hormonioterapia pode ser feita de duas maneiras:
- Supressão da produção de hormônios: Através da supressão da produção de hormônios, o tratamento tem como objetivo privar as células do câncer dos hormônios necessários para o seu crescimento;
- Bloqueio dos receptores de hormônios: Consiste no bloqueio dos receptores de hormônios nas células cancerosas, chamado de bloqueio periférico;
Em ambos os casos, ocorre a diminuição da velocidade de multiplicação celular e a morte celular programada, fazendo com que a doença apresente remissão.
A hormonioterapia é fundamental no tratamento do câncer de mama, pois melhora significativamente os resultados e a qualidade de vida das pacientes.
Quais são os efeitos colaterais da quimioterapia?
A quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para combater o câncer, mas pode causar efeitos colaterais em virtude das células saudáveis também sendo afetadas. Alguns dos principais efeitos colaterais da quimioterapia incluem:
- Efeitos gastrointestinais: Náuseas, vômitos, perda de apetite e diarreia são comuns após o tratamento com medicamentos quimioterápicos;
- Baixas concentrações de células sanguíneas: A quimioterapia pode causar citopenias, ou seja, a deficiência de um ou mais tipos de células do sangue, devido aos efeitos tóxicos dos medicamentos sobre a medula óssea;
- Feridas bucais: A quimioterapia pode provocar o aparecimento de feridas parecidas com aftas na boca, estômago e intestino;
- Depressão: A terapia contra o câncer, assim como o próprio câncer, pode causar depressão;
- Lesão a órgãos e outros cânceres: Os fármacos quimioterápicos podem danificar outros órgãos, como pulmões, coração ou fígado, e também aumentar o risco de desenvolver outros tipos de câncer;
- Alopecia (queda de cabelo): A quimioterapia pode causar a perda de cabelo, que ocorre geralmente cerca de duas a três semanas após o início da quimioterapia;
- Dores musculares: Alguns pacientes podem apresentar dores musculares durante a quimioterapia;
- Infertilidade: A quimioterapia pode afetar a fertilidade temporariamente ou permanentemente, dependendo do tipo e da dosagem dos medicamentos;
É importante lembrar que as reações a cada medicamento podem variar de acordo com a pessoa e o tipo de tratamento.
A maioria dos efeitos colaterais da quimioterapia desaparece com o término do tratamento, mas alguns podem persistir por um tempo maior ou mesmo ser permanentes.
Veja os posts a seguir:
Quais são os tipos de câncer tratados com radioterapia?
A radioterapia é um tratamento que utiliza radiações ionizantes, como raios-X, para destruir células tumorais ou impedir que elas se multipliquem. Ela é utilizada para tratar diversos tipos de câncer, dependendo do tamanho, localização e estadiamento do tumor.
Alguns dos tipos de câncer tratados com radioterapia incluem:
- Câncer de pele;
- Câncer de próstata;
- Alguns linfomas;
- Alguns tumores de laringe;
A radioterapia pode ser administrada de diferentes formas, como radiocirurgia estereotáxica corpórea (SBRT), radioterapia guiada por imagem (IGRT) e radioterapia externa ou teleterapia.
O tratamento é feito de modo controlado para destruir as células doentes e preservar as células sadias. Em alguns casos, a radioterapia pode ser usada em conjunto com a quimioterapia, que utiliza medicamentos específicos contra o câncer.
A decisão sobre a melhor abordagem terapêutica depende da avaliação da equipe médica especializada.