Qual a diferença entre sífilis e HIV?

A sífilis e o HIV são duas infecções sexualmente transmissíveis (IST) causadas por diferentes microrganismos. A diferença principal entre elas está nos agentes causais e nas complicações associadas.

Sífilis:

  • Causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria.
  • Manifestações clínicas variam de acordo com a fase da doença (primária, secundária, latente e terciária).
  • Pode afetar diversos órgãos, como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.
  • Se não tratada, pode levar a complicações graves e danos permanentes aos órgãos.
  • Tratamento é simples, gratuito e eficiente.

HIV:

  • Causado pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
  • Ataca o sistema imunológico, destruindo os linfócitos TCD4+ e aumentando a carga viral.
  • Manifestações clínicas podem demorar a aparecer, dependendo do sistema imunológico do paciente.
  • Pode causar sintomas como febre, gânglios inflamados, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves.
  • Tratamento é mais complexo e envolve o uso de medicamentos antirretrovirais para controlar a replicação viral e prevenir complicações.

Embora as infecções sejam diferentes, estudos mostram que a sífilis pode aumentar a carga viral do HIV e diminuir o número de linfócitos TCD4+, resultando em uma condição maior de morbidade e mortalidade na pessoa que vive com HIV. Portanto, é importante prevenir e diagnosticar ambas as infecções para evitar complicações e transmissão entre pessoas.

Sífilis HIV
Causada pela bactéria Treponema pallidum Causada pelo vírus HIV (VIH)
Infecção sexualmente transmissível Infecção sexualmente transmissível
Ocorre em 3 estágios: primária, secundária e terciária Não ocorre em estágios específicos
Manifestações clínicas variam de acordo com o estágio da doença Manifestações clínicas variam de acordo com a progressão da infecção
Diagnóstico pode ser feito por exames sorológicos (VDRL) Diagnóstico pode ser feito por testes de detecção de HIV (anti-HIV)
Coinfecção com HIV pode complicar o diagnóstico e o tratamento Coinfecção com sífilis não afeta diretamente o diagnóstico do HIV, mas pode aumentar o risco de transmissão

Quais são os sintomas da sífilis e do hiv?

A sífilis e o HIV são doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) com sintomas diferentes. Aqui estão os sintomas de cada uma: Sífilis :

  • Aparição de chancros (úlceras) no local onde ocorreu o contato com a llaga sifilítica, como genitais, boca ou labios;
  • Llagas também podem aparecer no recto, vagina, ano, pênis ou escroto;
  • Sarpullido (erupção cutânea) em diferentes partes do corpo, como palmas das mãos, plantas dos pés, peito, costas, genitais ou ano;
  • Fadiga, febre, inflamação dos gânglios linfáticos, dor de garganta e perda de cabelo em algumas áreas;

HIV : Os sintomas do HIV podem variar de pessoa para pessoa e podem não ser perceptíveis logo após a infecção. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:

  • Fadiga;
  • Febre;
  • Garganta seca;
  • Dores articulares e musculares;
  • Náuseas e vômito;
  • Diarréia;
  • Perda de peso;

É importante lembrar que nem todos os sintomas estão presentes em todas as pessoas com HIV e que alguns podem ser confundidos com outros problemas de saúde.

O único modo seguro de saber se você tem sífilis ou HIV é fazer um teste específico para cada doença.

Se você suspeita de ter sido exposto a alguma DST, é importante procurar atendimento médico o mais rápido possível para obter diagnóstico e tratamento adequados.

Como é feito o diagnóstico da sífilis e do hiv?

O diagnóstico da sífilis e do HIV no Brasil é realizado por meio de exames específicos.

Para o diagnóstico da sífilis, é utilizado o teste rápido, que está disponível nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado com a coleta de sangue ou fluido oral.

O teste rápido de sífilis tem leitura de resultado em, no máximo, 30 minutos. Caso o resultado seja positivo, é necessário realizar exames complementares para confirmação do diagnóstico e iniciar o tratamento.

O diagnóstico do HIV também é feito a partir da coleta de sangue ou fluido oral. No Brasil, existem os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.

Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco.

É importante realizar o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta, pois o tratamento precoce pode melhorar a qualidade de vida e reduzir a probabilidade de complicações e transmissão do vírus.

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Quais são as principais complicações da sífilis e do hiv?

As principais complicações da sífilis e do HIV podem variar de acordo com a etapa da doença e a presença de coinfecções. Complicações da sífilis incluem:

  1. Aortite: As principais complicações da aortite são o aneurisma, a insuficiência da válvula aórtica e a estenose do óstio da coronária;
  2. Acometimento do sistema nervoso: Em pacientes infectados pelo HIV, a sífilis pode apresentar características clínicas menos usuais e acometimento do sistema nervoso mais freqüente;
  3. Lesões cutâneas: A sífilis primária é caracterizada pela presença de múltiplos cancros e a permanência da lesão de inoculação, que pode ser encontrada em conjunto com as lesões da sífilis secundária;

Complicações do HIV incluem:

  1. Supressão do sistema imunológico: O HIV ataca as principais células de defesa do organismo, levando à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS);
  2. Coinfecção com sífilis: Pacientes coinfectados com HIV e sífilis podem apresentar manifestações clínicas atípicas e complicações neurológicas mais graves;

A coinfecção entre HIV e sífilis pode trazer desafios no diagnóstico e tratamento, além de aumentar o risco de complicações clínicas.

É importante realizar triagens e testes para detectar e tratar ambas as infecções o mais rápido possível, seguindo as diretrizes internacionais e as recomendações do Ministério da Saúde no Brasil.