Qual a diferença entre soropositivo e aidético?
A diferença entre soropositivo e aidético está relacionada ao estágio da infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e à presença de sintomas da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
Soropositivo: Refere-se a uma pessoa que testou positivo para o HIV. Isso significa que a pessoa possui o vírus, mas ainda não desenvolveu a AIDS. Muitos soropositivos podem viver anos com o vírus sem desenvolver a doença e ter sinais e sintomas.
Aidético: Este termo é incorreto, estigmatizante e ofensivo. A AIDS não é um agente infeccioso, mas sim uma síndrome de infecções e doenças oportunistas que podem se desenvolver à partir da infecção aguda até a morte. A AIDS é causada pelo HIV, que destrói os linfócitos T-CD4+, comprometendo o sistema imunológico.
É importante ressaltar que a linguagem é fundamental para combater o estigma e a discriminação relacionadas ao HIV e à AIDS. Portanto, é recomendado usar termos como "pessoa vivendo com HIV" ou "pessoa HIV positiva" em vez de "aidético".
Soropositivo | Aids |
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Refere-se a uma pessoa que testou positivo para a presença do HIV no sangue, mas ainda não apresenta sintomas da doença. | Refere-se a uma pessoa que apresenta sintomas da doença relacionados à infecção pelo HIV, como o declínio do sistema imunológico e a presença de infecções oportunistas. |
A pessoa pode não apresentar sintomas e pode levar um tempo até que a doença progrida para o estágio de aids. | A pessoa apresenta sintomas graves e o sistema imunológico está comprometido, aumentando o risco de infecções oportunistas e outras complicações. |
O tratamento com terapia antirretroviral (TARV) pode ajudar a controlar a replicação do vírus e diminuir o risco de transmissão e complicações. | A TARV é essencial para o tratamento da aids, mas o tratamento pode ser mais complexo e o prognóstico geralmente é menos favorável do que no caso de soropositivo. |
Quais são os sintomas do hiv e do aids?
Os sintomas do HIV e do AIDS variam de acordo com a fase da infecção. No início, durante a fase aguda, os sintomas podem incluir:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Gânglios aumentados pelo corpo;
- Diarreia;
- Dor de cabeça;
- Manchas na pele;
Após a fase aguda, o vírus pode entrar em uma fase assintomática, durante a qual os sintomas podem desaparecer por um longo período, mesmo que o vírus continue se multiplicando no organismo.
Na fase mais avançada da infecção, conhecida como AIDS, os sintomas podem incluir:
- Febre;
- Diarreia;
- Suores noturnos;
- Emagrecimento;
- Aparecimento contínuo de doenças oportunistas, como pneumonia, tuberculose e toxoplasmose;
É importante lembrar que nem todos os indivíduos infectados pelo HIV apresentarão todos os sintomas mencionados. Além disso, a presença de sintomas não indica necessariamente a presença do vírus.
O único método confiável para diagnosticar o HIV é o teste específico para a detecção do vírus.
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Como é feito o diagnóstico do hiv e do aids?
O diagnóstico do HIV e do AIDS no Brasil é feito principalmente através de testes de sangue ou de saliva. Os testes mais comuns incluem:
- Pruebas de antígenos e anticorpos: Essas pruebas buscam tanto os antígenos do HIV quanto os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico quando exposto ao HIV. Geralmente envolve a extração de sangue de uma veia, mas também há testes rápidos de antígenos e anticorpos disponíveis que se fazem com uma punção no dedo ou com secreções bucais;
- Pruebas de ácido nucleico (NAT): Essas pruebas buscam o próprio vírus no sangue e podem detectar o HIV antes que os outros tipos de testes. São recomendadas para pessoas que tiveram uma exposição recente ou possível e apresentam sintomas iniciais de infecção pelo HIV, mas deram negativo em uma prueba de antígenos ou anticorpos;
Os resultados dos testes podem ser obtidos em diferentes momentos, dependendo do tipo de teste e do local onde foi realizado.
Por exemplo, as autopruebas do HIV fornecem resultados em 20 minutos, enquanto as pruebas rápidas de anticorpos geralmente apresentam resultados em 30 minutos ou menos.
No Brasil, o diagnóstico da infecção pelo HIV é feito através da coleta de sangue venoso ou digital (ponta do dedo) para realização de testes rápidos ou laboratoriais que detectam os anticorpos contra o HIV.
Os testes rápidos são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Além disso, autotestes de HIV também são ofertados gratuitamente pelo SUS para que as pessoas possam se testar em casa.
Quais são as principais causas da transmissão do hiv e do aids?
As principais causas da transmissão do HIV e do AIDS no Brasil são:
- Relações sexuais desprotegidas: A transmissão do HIV ocorre principalmente através de relações sexuais desprotegidas, como sexo vaginal, anal ou oral sem uso de camisinha;
- Compartilhamento de seringas contaminadas: O uso de seringas infectadas por pessoas que consomem drogas injetáveis pode levar à transmissão do vírus;
- Transmissão de mãe para filho: Durante a gravidez, o parto e a amamentação, o vírus pode ser transmitido da mãe infectada para o filho, especialmente se não forem tomadas medidas de prevenção;
- Transfusões de sangue contaminado: Embora hoje em dia sejam raras, transfusões de sangue infectado podem levar à transmissão do HIV;
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados: O uso de instrumentos médicos não esterilizados que entram em contato com sangue ou fluidos corporais pode também transmitir o vírus;
É importante ressaltar que o HIV não é transmitido por beijos secos, toques ou contato não sexual próximo, como tocar uma superfície ou um objeto. Além disso, a transmissão por picadas de mosquitos ou outros insetos é extremamente rara.