Qual a diferença entre surdo e mudo?
A expressão "surdo-mudo" é considerada incorreta e ultrapassada, pois não é correto afirmar que todos os surdos são mudos. A diferença entre surdo e mudo é a seguinte:
Surdo: É a pessoa que apresenta perda auditiva, seja moderada ou profunda. A maioria dos surdos tem as cordas vocais em perfeito funcionamento e podem vocalizar, mesmo que não consiga falar de forma oral. Alguns surdos optam por aprender a fala através de um processo de oralização, enquanto outros se comunicam usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) .
Mudo: É a pessoa que não consegue falar, pois tem problemas nas cordas vocais. A mudez é uma deficiência diferente da surdez e não está relacionada à perda auditiva.
É importante ressaltar que a comunidade surda lutou historicamente para que seus direitos sejam respeitados e reconhecidos. A expressão "surdo-mudo" é considerada pejorativa e inadequada, pois reforça a ideia de que todos os surdos são mudos e não têm voz. Portanto, é fundamental evitar o uso dessa expressão e adotar termos mais precisos e respeitosos, como "surdo" e "mudo", para se referir às pessoas com essas deficiências.
Característica | Surdo | Mudo |
---|---|---|
Deficiência auditiva | Sim | Não |
Capacidade de fala | Geralmente sim | Não |
Uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) | Pode ser usuário | Não é usuário |
Qual a definição de surdo e mudo?
A palavra "surdo-mudo" é uma junção das palavras "surdo" e "mudo" e se refere a um indivíduo que é incapaz de falar e de escutar, ou seja, que é ao mesmo tempo surdo e mudo.
No entanto, essa designação é considerada incorreta e deve ser evitada, pois é uma generalização que não corresponde à realidade de todas as pessoas surdas. As formas preferíveis de substituição são:
- Surdo: refere-se a uma pessoa que não ouve ou ouve muito mal;
- Deficiente Auditivo ou Pessoa com Deficiência Auditiva: essas expressões são mais adequadas para descrever uma pessoa que sofre de surdez, já que consideram a deficiência como uma condição que afeta a pessoa e não como uma característica definidora;
Portanto, é importante evitar o uso do termo "surdo-mudo" e optar por expressões mais adequadas e respeitosa, como "surdo" ou "pessoa com deficiência auditiva".
Por que o termo surdo-mudo é considerado incorreto?
O termo "surdo-mudo" é considerado incorreto e ultrapassado em português do Brasil porque pressupõe que todas as pessoas surdas são mudas, o que é um grande equívoco.
A deficiência auditiva não implica necessariamente a mudez, pois a mudez é uma outra deficiência separada e é raro ver as duas acontecendo ao mesmo tempo.
Muitos surdos são capazes de falar ou vocalizar, mesmo que não consiga ou não queira falar. A pessoa surda pode optar por passar pelo processo de oralização, que envolve a aprendizagem da fala e leitura labial.
Além disso, a comunidade surda tem uma perspectiva visual-espacial e social, e não oral-auditiva. Portanto, ao se referir a alguém com deficiência auditiva, é importante respeitar sua identidade e não utilizar termos incorretos ou ofensivos, como "surdo-mudo".
Como é feito o diagnóstico de surdez profunda?
O diagnóstico de surdez profunda no Brasil é realizado por meio de exames específicos que são requisitados de acordo com a idade do paciente e a situação clínica. Alguns dos exames utilizados para diagnosticar a surdez incluem:
- Otoemissões acústicas: É um exame não invasivo que avalia a função das ossículas do ouvido médio e a condução dos sons até o ouvido interno;
- Audiometria: É um exame que avalia a capacidade do paciente em ouvir diferentes frequências e intensidades de som;
- Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM): Esses exames de imagem podem ser utilizados para identificar causas suspeitas de surdez, como tumores ou alterações na estrutura do ouvido;
No caso de crianças, os exames podem passar por adaptações, e os técnicos devem adaptar os testes para avaliar a audição das crianças.
A surdez profunda pode ser causada por diversas razões, como viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (provocada pela idade), traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias e problemas metabólicos.
O tratamento da surdez profunda pode incluir o uso de medicamentos, cirurgias e aparelhos de amplificação sonora, como aparelhos de ouvido.
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